segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O escravo do amor

Por Flávia Ferreira e Caroline Fernandes

Nome Fabiano Fidelis >> Rua São João, Ouro Preto

Ocupação Estudante

Estado civil Comprometido e apaixonado

Religião Budista, mas não sou tão calmo assim

O que gosta de fazer?
Gosto de estudar, namorar,sair e praticar esportes

O que não gosta de fazer?
Não gosto de qualquer ato que prejudique outra pessoa. Em meu bairro, existem pessoas bem humoradas e dispostas a melhorar minha vida e meu bairro, mesmo com todas as dificuldades

O que tem ,ou não,em seu bairro?
Faltam iniciativas que criem projetos de desenvolvimento social e interpessoal

"É uma vergonha um rapaz no auge de seus vinte e um anos nunca ter mexido com obra" disse Fabiano Fideles da Silva, 21 anos , que por incrível que pareça é filho de um pedreiro. Na realidade, o que Fabiano nunca tinha feito era virar uma massa em sua vida; nem ao menos sabia como fazer. Mas a sua inexperiência acabou meses atrás, graças a sua sogra, que o fez de escravo. Ele tudo aceitou por amor à sua filha.

"Como todos sabem, sogra não é mole, é parente de cascavel. A primeira oportunidade que tiver para se aproveitar de você, ela o fará", disse Fabiano, na oficina, ao lado de sua namorada. A cara dela não foi das melhores, afinal era sua mãe, mas isso não fez Fabiano parar de contar sua história.

Um certo dia sua sogra, toda feliz, aproveitou da bondade de Fabiano e o chamou para ajudar na obra. "Ela pediu para que eu ajudasse seu marido e filhos a preparar a casa dos fundos, que estava começando a ser feita Na mesma hora aceitei o desafio, e pela primeira vez em minha vida, virar massa. ,é tudo pela namorada".

Fabiano estava passando por toda aquela sujeira para agradar a sua namorada, que já tinha virado uma 'dona encrenca' como ele mesmo disse. Mas aos poucos ele foi aprendendo como virar uma massa e, mesmo muito explorado, continuou na obra. "Era um tal de carrega tijolo para cá, carrega tijolo para lá e o suor em meu rosto me incomodava". Fora isso, ainda tinha que ouvir o 'Fabiano faz isso, Fabiano faz aquilo' as ordens da sua sogra.que ficava gritando no meu ouvido.

Foi ai que o bicho pegou.começa minha vingança a minha namorada. Como uma jogada de mestre e uma mente maquiavélica, ele aproveitava qualquer dez segundos de descanso e transformava em dez minutos. Levar um tijolo para dentro, tinha um preço, dez beijinhos de sua namorada. Mexer areia significava cinco minutinhos de prosa. A namorada bem que gostou da tática de Fabiano, mas as outras pessoas do quintal não. "Todo mundo ficava, lá dos fundos, me gritando: anda logo Fabiano, tá muito lento', mas eu só queria saber de namorar".

Segundo ele, nem por um decreto trocaria sua namorada por um monte de homem. "Não estava nem aí para as gritarias, pois com minha gatinha em casa, iria querer saber de cheiro de homem?" disse ele amaciando o coração de sua namorada que, ao lado, escutava toda a leitura da história quase que sem acreditar no que ouvia.

"Atualmente a obra está parada, mas eu aguardo a oportunidade de fazer hora extra com minha gatinha" disse ele encerrando sua retrospectiva de uma escravidão.recompensada.

Um comentário:

Unknown disse...

Pelo amor de Deus, gente.Tirem essa foto daí.
Urgente.
Depois eu dou outra...
XD